100* querer derrubei o sol.
ele agradeceu, e aprendeu nos olhos dos amantes a esmagar frutos com os seus dedos solares.
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*(trocadilho parvo para assinalar o centésimo post cá do estabelecimento)
Quando voltares, no regresso do vento, não deixes de me abraçar.
Peço-te agora, na ausência, porque à luz dos teus olhos sei que por certo vou calar a prece.
Ampara-me dos rigores de Novembro, faz das tuas mãos....dos teus braços, um manto vermelho de folhas quentes que amornem a inquietação da espera.
Ensina-me a ir e vir como o vento....como tu...
Contraria o meu espírito de árvore, espicaça estas raizes pré-históricas que alastram na minha negligência.
Poda as incertezas que me castram a vontade.
Que o teu corpo se apodere do meu, e o vento nos encontre por fim, fundidos numa partícula irremediavelmente una... indivisível...
Image by: Meldevespas